A História


Igreja de Santo António dos Olivais / Coimbra 

Situada no cimo da colina de Santo António dos Olivais, onde anteriormente ficava a Capela de Santo Antão, doada por Dona Urraca aos franciscanos.

Em 1247 os frades deixam os Olivais para se estabelecerem no Convento de S. Francisco. Já nessa altura os devotos de Santo António tinham feito do local um santuário e os fiéis da cidade e vizinhanças aqui acorriam. A capela passou à posse do cabido catedralício que, nos fins do século XV, como consequência do crescente culto antoniano, a mandou reformar e ampliar. A igreja ficou a ocupar o espaço que actualmente tem, à excepção de um ligeiro aumento feito na capela-mor no século XVIII.

Em 1537 o mestre Gaspar Fernandes executa obras de melhoramentos.
No século XVI a igreja passa à posse dos Franciscanos Capuchos da Província da Piedade.

Em 1673 fica adstrita aos Franciscanos Capuchos da Província da Soledade. Estes frades reedificam a cela de Santo António que foi adaptada a Sala do Capítulo. Constroem também uma modesta residência conventual, custeada por Dom Álvaro da Costa, no local hoje ocupado pelo cemitério, ficando o claustro no espaço do actual terreiro da igreja.

No século XVIII fizeram-se grandes obras: modificação da frontaria da igreja, sacristia, pórtico e escadaria de acesso e suas capelas laterais.

Em 1835, um ano após a extinção das Ordens Religiosas, a igreja e o convento foram vendidos ao P.e Manuel António Coelho da Rocha. Na noite de 10 para 11 de Novembro de 1851, as dependências do convento são devoradas por violento incêndio, salvando-se, contudo, a igreja e a sacristia.

Em Maio de 1855 passa a igreja paroquial da freguesia de Santo António dos Olivais, criada no ano anterior pelo bispo Dom Manuel Bento Rodrigues. A partir de Novembro de 1974 os frades franciscanos conventuais tomam conta da paróquia.

O adro - Constitui um magnífico miradouro de paisagens maravilhosas. Dali se divisa parte da cidade, serras, vales e aldeias em volta: Semide, as serras de Penela e da Lousã, S. Sebastião, os Tovins, o Picoto com a Mata do Rei, Eiras, Coselhas, a Mata do Vale de Canas, o Dianteiro, a Carapinheira, o Roxo, a Serra do Bussaco, a planície e o Mondego.

O átrio, a seguir ao pórtico de entrada, dá acesso à igreja por uma porta de ferro chapeado, recente. É de planta rectangular, característico das antigas igrejas franciscanas em Portugal.

No teto está pintado o emblema franciscano. No átrio estão duas capelas. A porta que do átrio dá para a igreja é do século XV, onde se encontram ainda as impostas, mas já sem capitéis.

Os azulejos revestem uma boa parte do interior da igreja e anexos. As capelas da escadaria tem azulejos de orelha, esmaltados de verde e cor de mel. O átrio está guarnecido de azulejos de motivos independentes, mas de melhor qualidade que os das capelas da escadaria. Os azulejos do interior da igreja revestem as paredes quase até ao arranque da abóbada. São da primeira metade do século XVIII. Representam cenas da vida de santo António. Do lado direito: a pregação aos peixes; o milagre do corte do pé; o encontro com S. Francisco e a morte de santo António. Do lado esquerdo: a pregação de santo António sentado na nogueira; Santo António livrando o pai da forca; a tomada de hábito franciscano e o milagre da Eucaristia. Os azulejos da capela-mor são azuis dos finais do século XVII, decorados com dois motivos, uns de composição de folhas alcantiformes e outros de entrelaces quadrifoliados com rosetas centrais. A sacristia tem um alizar de azulejos de aresta, sevilhanos, do século XVI. A capela-mor está inteiramente forrada com azulejos. O altar mor é de pedra lavrada, das oficinas do mestre João Machado. Uma grande tela representando Nossa Senhora da Conceição, datada de 1779 e pintada por Pascoale Parente, reveste o retábulo. Ladeando a tela encontram-se as imagens de S. Francisco e S. João Baptista. O teto tem um fresco representando a Imaculada Conceição. A capela de Nossa Senhora das Dores é de planta octogonal e fica no átrio, do lado direito. As capelas da escadaria são seis, três de cada lado, de planta quadrangular, de coruchéu piramidal, revestidas de azulejos. Do lado esquerdo ficam as capelas da "oração no Jardim das Oliveiras", da "Verónica" e do "Calvário". Do lado direito ficam as capelas da "Paixão", da "Flagelação" e da "Descida da Cruz". O coro alto fica por cima do átrio. Tem cadeiral executado no século XVIII.

A escadaria, monumental e de tipo popular, foi construída no século XVIII e adaptada à rampa natural da colina. É composta por trinta degraus de pedra divididos em seis lanços e ladeada por seis capelas. A frontaria é da primeira metade do século XVIII. Sóbria e de boas linhas arquitetónicas.

O arco da porta principal, rebaixado, característico das igrejas franciscanas da época, dá acesso ao átrio. A parte superior tem uma janela ao centro, ladeada por dois nichos, o da direita com a imagem de Santo António e o da esquerda com a imagem de S. Francisco.

O interior da igreja é de uma só nave, de traçado rebaixado e de lunetos, com abóbada de tijolo. As paredes estão revestidas, quase até ao arranque da abóbada, com painéis de azulejos. De cada lado do arco cruzeiro está um altar: o de S. José do lado direito e o de Santo António do lado esquerdo. Pendentes do tecto, dois vistosos candelabros em ferro forjado, executados por Daniel Rodrigues. O púlpito é de linhas simples. José Barata executou, em princípios deste século, uma bela e artística pia baptismal, em estilo revivalista, colocada junto ao altar de S. José.

As portas de ferro são três. A porta de entrada de grossas barras de ferro forjado do século XVIII e, possivelmente das oficinas de Coimbra e a porta em ferro forjado, obra do artista coimbrão Daniel Rodrigues, datada de 1941. Esta porta tem gravados, na parte superior, três medalhões: Nossa Senhora das Dores, ao centro; Santo Antão, à esquerda e o profeta Daniel, à direita. Do lado esquerdo do átrio está outra porta em ferro forjado do mesmo artista, também com três medalhões na parte superior: ao centro, Jesus coroado de espinhos; à esquerda, Santo António e à direita, Santa Beta.

A sacristia no corredor para a sacristia estão alguns quadros dos séculos XVII, XVIII e XIX. Faz lembrar uma pequena igreja com capela-mor. Foi construída na primeira metade do século XVIII e decorada na segunda metade do mesmo século. Molduras em madeira dourada aludem a vários episódios da vida de santo António. Do lado direito temos: o episódio da tentativa de envenenamento; São Francisco autorizando Santo António a ensinar teologia aos frades e santo António na sua primeira pregação em Forli. Do lado esquerdo as molduras representam: o milagre da bilocação; o milagre do pé cortado e a morte de Santo António. Sobre o arco da sacristia podemos ver ainda um retrato de santo António a óleo, frescos no tecto com enrolamentos de acanto com um brasão eclesiástico ao centro, ao longo da parede vemos um magnífico móvel com duas portas e nove gavetões muito trabalhados com embutidos de marfim no tampo, três esculturas de barro do século XVII, um espelho com moldura do século XVIII e doze meios copos de santos relicários da segunda metade do século XVIII assentes nas mísulas das abóbadas. Ao fundo, sobre o altar, um quadro a óleo de Pascoale Parente, pintado em 1796, representando Santo António.

O retábulo de madeira entalhada da segunda metade do século XVIII veio da igreja de S. João de Almedina. Tem também uma imagem de Santo António e outra do Espírito Santo na forma da trindade, em madeira colorida, da época manuelina. Os azulejos são sevilhanos, de aresta.

Igreja de Santo António dos Olivais / Coimbra

Situada no cimo da colina de Santo António dos Olivais, onde anteriormente ficava a Capela de Santo Antão, doada por Dona Urraca aos franciscanos.

Em 1247 os frades deixam os Olivais para se estabelecerem no Convento de S. Francisco. Já nessa altura os devotos de Santo António tinham feito do local um santuário e os fiéis da cidade e vizinhanças aqui acorriam. A capela passou à posse do cabido catedralício que, nos fins do século XV, como consequência do crescente culto antoniano, a mandou reformar e ampliar. A igreja ficou a ocupar o espaço que actualmente tem, à excepção de um ligeiro aumento feito na capela-mor no século XVIII.

Em 1537 o mestre Gaspar Fernandes executa obras de melhoramentos.
No século XVI a igreja passa à posse dos Franciscanos Capuchos da Província da Piedade.

Em 1673 fica adstrita aos Franciscanos Capuchos da Província da Soledade. Estes frades reedificam a cela de Santo António que foi adaptada a Sala do Capítulo. Constroem também uma modesta residência conventual, custeada por Dom Álvaro da Costa, no local hoje ocupado pelo cemitério, ficando o claustro no espaço do actual terreiro da igreja.

No século XVIII fizeram-se grandes obras: modificação da frontaria da igreja, sacristia, pórtico e escadaria de acesso e suas capelas laterais.

Em 1835, um ano após a extinção das Ordens Religiosas, a igreja e o convento foram vendidos ao P.e Manuel António Coelho da Rocha. Na noite de 10 para 11 de Novembro de 1851, as dependências do convento são devoradas por violento incêndio, salvando-se, contudo, a igreja e a sacristia.

Em Maio de 1855 passa a igreja paroquial da freguesia de Santo António dos Olivais, criada no ano anterior pelo bispo Dom Manuel Bento Rodrigues. A partir de Novembro de 1974 os frades franciscanos conventuais tomam conta da paróquia.

O adro - Constitui um magnífico miradouro de paisagens maravilhosas. Dali se divisa parte da cidade, serras, vales e aldeias em volta: Semide, as serras de Penela e da Lousã, S. Sebastião, os Tovins, o Picoto com a Mata do Rei, Eiras, Coselhas, a Mata do Vale de Canas, o Dianteiro, a Carapinheira, o Roxo, a Serra do Bussaco, a planície e o Mondego.

O átrio, a seguir ao pórtico de entrada, dá acesso à igreja por uma porta de ferro chapeado, recente. É de planta rectangular, característico das antigas igrejas franciscanas em Portugal.

No teto está pintado o emblema franciscano. No átrio estão duas capelas. A porta que do átrio dá para a igreja é do século XV, onde se encontram ainda as impostas, mas já sem capitéis.

Os azulejos revestem uma boa parte do interior da igreja e anexos. As capelas da escadaria tem azulejos de orelha, esmaltados de verde e cor de mel. O átrio está guarnecido de azulejos de motivos independentes, mas de melhor qualidade que os das capelas da escadaria. Os azulejos do interior da igreja revestem as paredes quase até ao arranque da abóbada. São da primeira metade do século XVIII. Representam cenas da vida de santo António. Do lado direito: a pregação aos peixes; o milagre do corte do pé; o encontro com S. Francisco e a morte de santo António. Do lado esquerdo: a pregação de santo António sentado na nogueira; Santo António livrando o pai da forca; a tomada de hábito franciscano e o milagre da Eucaristia. Os azulejos da capela-mor são azuis dos finais do século XVII, decorados com dois motivos, uns de composição de folhas alcantiformes e outros de entrelaces quadrifoliados com rosetas centrais. A sacristia tem um alizar de azulejos de aresta, sevilhanos, do século XVI. A capela-mor está inteiramente forrada com azulejos. O altar mor é de pedra lavrada, das oficinas do mestre João Machado. Uma grande tela representando Nossa Senhora da Conceição, datada de 1779 e pintada por Pascoale Parente, reveste o retábulo. Ladeando a tela encontram-se as imagens de S. Francisco e S. João Baptista. O teto tem um fresco representando a Imaculada Conceição. A capela de Nossa Senhora das Dores é de planta octogonal e fica no átrio, do lado direito. As capelas da escadaria são seis, três de cada lado, de planta quadrangular, de coruchéu piramidal, revestidas de azulejos. Do lado esquerdo ficam as capelas da "oração no Jardim das Oliveiras", da "Verónica" e do "Calvário". Do lado direito ficam as capelas da "Paixão", da "Flagelação" e da "Descida da Cruz". O coro alto fica por cima do átrio. Tem cadeiral executado no século XVIII.

A escadaria, monumental e de tipo popular, foi construída no século XVIII e adaptada à rampa natural da colina. É composta por trinta degraus de pedra divididos em seis lanços e ladeada por seis capelas. A frontaria é da primeira metade do século XVIII. Sóbria e de boas linhas arquitetónicas.

O arco da porta principal, rebaixado, característico das igrejas franciscanas da época, dá acesso ao átrio. A parte superior tem uma janela ao centro, ladeada por dois nichos, o da direita com a imagem de Santo António e o da esquerda com a imagem de S. Francisco.

O interior da igreja é de uma só nave, de traçado rebaixado e de lunetos, com abóbada de tijolo. As paredes estão revestidas, quase até ao arranque da abóbada, com painéis de azulejos. De cada lado do arco cruzeiro está um altar: o de S. José do lado direito e o de Santo António do lado esquerdo. Pendentes do tecto, dois vistosos candelabros em ferro forjado, executados por Daniel Rodrigues. O púlpito é de linhas simples. José Barata executou, em princípios deste século, uma bela e artística pia baptismal, em estilo revivalista, colocada junto ao altar de S. José.

As portas de ferro são três. A porta de entrada de grossas barras de ferro forjado do século XVIII e, possivelmente das oficinas de Coimbra e a porta em ferro forjado, obra do artista coimbrão Daniel Rodrigues, datada de 1941. Esta porta tem gravados, na parte superior, três medalhões: Nossa Senhora das Dores, ao centro; Santo Antão, à esquerda e o profeta Daniel, à direita. Do lado esquerdo do átrio está outra porta em ferro forjado do mesmo artista, também com três medalhões na parte superior: ao centro, Jesus coroado de espinhos; à esquerda, Santo António e à direita, Santa Beta.

A sacristia no corredor para a sacristia estão alguns quadros dos séculos XVII, XVIII e XIX. Faz lembrar uma pequena igreja com capela-mor. Foi construída na primeira metade do século XVIII e decorada na segunda metade do mesmo século. Molduras em madeira dourada aludem a vários episódios da vida de santo António. Do lado direito temos: o episódio da tentativa de envenenamento; São Francisco autorizando Santo António a ensinar teologia aos frades e santo António na sua primeira pregação em Forli. Do lado esquerdo as molduras representam: o milagre da bilocação; o milagre do pé cortado e a morte de Santo António. Sobre o arco da sacristia podemos ver ainda um retrato de santo António a óleo, frescos no tecto com enrolamentos de acanto com um brasão eclesiástico ao centro, ao longo da parede vemos um magnífico móvel com duas portas e nove gavetões muito trabalhados com embutidos de marfim no tampo, três esculturas de barro do século XVII, um espelho com moldura do século XVIII e doze meios copos de santos relicários da segunda metade do século XVIII assentes nas mísulas das abóbadas. Ao fundo, sobre o altar, um quadro a óleo de Pascoale Parente, pintado em 1796, representando Santo António.

O retábulo de madeira entalhada da segunda metade do século XVIII veio da igreja de S. João de Almedina. Tem também uma imagem de Santo António e outra do Espírito Santo na forma da trindade, em madeira colorida, da época manuelina. Os azulejos são sevilhanos, de aresta.

Situada no cimo da colina de Santo António dos Olivais, onde anteriormente ficava a Capela de Santo Antão, doada por Dona Urraca aos franciscanos.

Em 1247 os frades deixam os Olivais para se estabelecerem no Convento de S. Francisco. Já nessa altura os devotos de Santo António tinham feito do local um santuário e os fiéis da cidade e vizinhanças aqui acorriam. A capela passou à posse do cabido catedralício que, nos fins do século XV, como consequência do crescente culto antoniano, a mandou reformar e ampliar. A igreja ficou a ocupar o espaço que actualmente tem, à excepção de um ligeiro aumento feito na capela-mor no século XVIII.

Em 1537 o mestre Gaspar Fernandes executa obras de melhoramentos.

No século XVI a igreja passa à posse dos Franciscanos Capuchos da Província da Piedade.

Em 1673 fica adstrita aos Franciscanos Capuchos da Província da Soledade. Estes frades reedificam a cela de Santo António que foi adaptada a Sala do Capítulo. Constroem também uma modesta residência conventual, custeada por Dom Álvaro da Costa, no local hoje ocupado pelo cemitério, ficando o claustro no espaço do actual terreiro da igreja.

No século XVIII fizeram-se grandes obras: modificação da frontaria da igreja, sacristia, pórtico e escadaria de acesso e suas capelas laterais.

Em 1835, um ano após a extinção das Ordens Religiosas, a igreja e o convento foram vendidos ao P.e Manuel António Coelho da Rocha. Na noite de 10 para 11 de Novembro de 1851, as dependências do convento são devoradas por violento incêndio, salvando-se, contudo, a igreja e a sacristia.

Em Maio de 1855 passa a igreja paroquial da freguesia de Santo António dos Olivais, criada no ano anterior pelo bispo Dom Manuel Bento Rodrigues. A partir de Novembro de 1974 os frades franciscanos conventuais tomam conta da paróquia.

O adro - Constitui um magnífico miradouro de paisagens maravilhosas. Dali se divisa parte da cidade, serras, vales e aldeias em volta: Semide, as serras de Penela e da Lousã, S. Sebastião, os Tovins, o Picoto com a Mata do Rei, Eiras, Coselhas, a Mata do Vale de Canas, o Dianteiro, a Carapinheira, o Roxo, a Serra do Bussaco, a planície e o Mondego.

O átrio, a seguir ao pórtico de entrada, dá acesso à igreja por uma porta de ferro chapeado, recente. É de planta rectangular, característico das antigas igrejas franciscanas em Portugal.

No teto está pintado o emblema franciscano. No átrio estão duas capelas. A porta que do átrio dá para a igreja é do século XV, onde se encontram ainda as impostas, mas já sem capitéis.


Os azulejos revestem uma boa parte do interior da igreja e anexos. As capelas da escadaria tem azulejos de orelha, esmaltados de verde e cor de mel. O átrio está guarnecido de azulejos de motivos independentes, mas de melhor qualidade que os das capelas da escadaria. Os azulejos do interior da igreja revestem as paredes quase até ao arranque da abóbada. São da primeira metade do século XVIII. Representam cenas da vida de santo António. Do lado direito: a pregação aos peixes; o milagre do corte do pé; o encontro com S. Francisco e a morte de santo António. Do lado esquerdo: a pregação de santo António sentado na nogueira; Santo António livrando o pai da forca; a tomada de hábito franciscano e o milagre da Eucaristia. Os azulejos da capela-mor são azuis dos finais do século XVII, decorados com dois motivos, uns de composição de folhas alcantiformes e outros de entrelaces quadrifoliados com rosetas centrais. A sacristia tem um alizar de azulejos de aresta, sevilhanos, do século XVI. A capela-mor está inteiramente forrada com azulejos. O altar mor é de pedra lavrada, das oficinas do mestre João Machado. Uma grande tela representando Nossa Senhora da Conceição, datada de 1779 e pintada por Pascoale Parente, reveste o retábulo. Ladeando a tela encontram-se as imagens de S. Francisco e S. João Baptista. O teto tem um fresco representando a Imaculada Conceição. A capela de Nossa Senhora das Dores é de planta octogonal e fica no átrio, do lado direito. As capelas da escadaria são seis, três de cada lado, de planta quadrangular, de coruchéu piramidal, revestidas de azulejos. Do lado esquerdo ficam as capelas da "oração no Jardim das Oliveiras", da "Verónica" e do "Calvário". Do lado direito ficam as capelas da "Paixão", da "Flagelação" e da "Descida da Cruz". O coro alto fica por cima do átrio. Tem cadeiral executado no século XVIII.

A escadaria, monumental e de tipo popular, foi construída no século XVIII e adaptada à rampa natural da colina. É composta por trinta degraus de pedra divididos em seis lanços e ladeada por seis capelas. A frontaria é da primeira metade do século XVIII. Sóbria e de boas linhas arquitetónicas.

O arco da porta principal, rebaixado, característico das igrejas franciscanas da época, dá acesso ao átrio. A parte superior tem uma janela ao centro, ladeada por dois nichos, o da direita com a imagem de Santo António e o da esquerda com a imagem de S. Francisco.

O interior da igreja é de uma só nave, de traçado rebaixado e de lunetos, com abóbada de tijolo. As paredes estão revestidas, quase até ao arranque da abóbada, com painéis de azulejos. De cada lado do arco cruzeiro está um altar: o de S. José do lado direito e o de Santo António do lado esquerdo. Pendentes do tecto, dois vistosos candelabros em ferro forjado, executados por Daniel Rodrigues. O púlpito é de linhas simples. José Barata executou, em princípios deste século, uma bela e artística pia baptismal, em estilo revivalista, colocada junto ao altar de S. José.

As portas de ferro são três. A porta de entrada de grossas barras de ferro forjado do século XVIII e, possivelmente das oficinas de Coimbra e a porta em ferro forjado, obra do artista coimbrão Daniel Rodrigues, datada de 1941. Esta porta tem gravados, na parte superior, três medalhões: Nossa Senhora das Dores, ao centro; Santo Antão, à esquerda e o profeta Daniel, à direita. Do lado esquerdo do átrio está outra porta em ferro forjado do mesmo artista, também com três medalhões na parte superior: ao centro, Jesus coroado de espinhos; à esquerda, Santo António e à direita, Santa Beta.


A sacristia no corredor para a sacristia estão alguns quadros dos séculos XVII, XVIII e XIX. Faz lembrar uma pequena igreja com capela-mor. Foi construída na primeira metade do século XVIII e decorada na segunda metade do mesmo século. Molduras em madeira dourada aludem a vários episódios da vida de santo António. Do lado direito temos: o episódio da tentativa de envenenamento; São Francisco autorizando Santo António a ensinar teologia aos frades e santo António na sua primeira pregação em Forli. Do lado esquerdo as molduras representam: o milagre da bilocação; o milagre do pé cortado e a morte de Santo António. Sobre o arco da sacristia podemos ver ainda um retrato de santo António a óleo, frescos no tecto com enrolamentos de acanto com um brasão eclesiástico ao centro, ao longo da parede vemos um magnífico móvel com duas portas e nove gavetões muito trabalhados com embutidos de marfim no tampo, três esculturas de barro do século XVII, um espelho com moldura do século XVIII e doze meios copos de santos relicários da segunda metade do século XVIII assentes nas mísulas das abóbadas. Ao fundo, sobre o altar, um quadro a óleo de Pascoale Parente, pintado em 1796, representando Santo António.

O retábulo de madeira entalhada da segunda metade do século XVIII veio da igreja de S. João de Almedina. Tem também uma imagem de Santo António e outra do Espírito Santo na forma da trindade, em madeira colorida, da época manuelina. Os azulejos são sevilhanos, de aresta.

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