(Página inicial Pica-Pau n.º 23, 23 Fevereiro de 2014)
Há alguns anos fui desafiada por uma revista a dar a conhecer aos leigos que, em variadas geografias e vocações, se mostravam empenhados no serviço à Igreja e respondiam com um testemunho alegre e desinteressado.
Há alguns anos fui desafiada por uma revista a dar a conhecer aos leigos que, em variadas geografias e vocações, se mostravam empenhados no serviço à Igreja e respondiam com um testemunho alegre e desinteressado.
Do Minho ao Algarve encontrei pessoas de todas as idades e de múltiplos carismas: desde a presidência da Celebração da Palavra em terras inóspitas à promoção do encontro entre diferentes confissões religiosas, passando pela visita a doentes, dinamização de jovens e crianças e acompanhamento de estudo ou oração, entre outras actividades voluntárias. Muitas e boas histórias com um denominador comum: o profundo sentido de serviço espiritual.
Encontrei muitos sorrisos e grande humildade em pessoas que disseram sim à vocação que foram discernindo na vida como apelos pessoais a que deram respostas comprometidas.
Regresso a esses momentos porque os reencontrei há dias, quando andei por Setúbal à procura de retratos de uma diocese construída a várias mãos na procura cristão do ser e do fazer: cultura e património, acção social e educação, formação contínua e oração.
É esta a Igreja que acontece todos os dias e que é uma notícia silenciosa que não procura manchetes, câmaras ou microfones.
O primeiro contentamento que encontra é a " alegria do Evangelho" que " enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus" , como escreve o Papa Francisco na abertura da exortação "Evangelii Gaudium".
Quando queremos sondar a acção da Igreja , batemos muitas vezes à porta de directores, dirigentes e presidentes, esquecendo-nos de quem, no silêncio, testemunha que a vida é sempre maior quando se dá
(Lígia Silveira em Semanário Ecclesia)
Sem comentários:
Enviar um comentário